A VISÃO DO PAPA JOÃO PAULO II

Uma visão intrigante aconteceu uma única vez e a um só indivíduo - em Roma em agosto de 1981. Em 13 de maio de 1981, durante uma audiência papal a céu aberto na Praça de São Pedro, o Papa polonês que havia dedicado seu papado a Maria, abaixou-se para abraçar uma menina que estava vestida com um pequeno retrato de Nossa Senhora de Fátima. Naquele preciso momento, ehmet Ali Agca, um assassino turco, disparou dois tiros em direção a sua cabeça, a curta distância. As balas erraram o Papa mas acertaram dois peregrinos que estavam próximos. Agca disparou novamente atingindo o Papa no abdômen. Se ele não tivesse se abaixado para abraçar aquela menina usando o retrato de Maria, aquelas duas balas teriam varado o seu crânio provavelmente matando-o instantaneamente. Como foi, levou seis meses para que ele se recuperasse totalmente das feridas. Enquanto ele convalescia no Policlinico de Roma, João Paulo tornou-se ainda mais orante. Ele orou a Nossa Senhora de Fátima, já que ele estava convencido de que foi a intercessão direta dela que salvou a sua vida. Ele releu os três Segredos que a Senhora de Fátima deu às três crianças em 1917 e que foram finalmente registrados em forma escrita pela Irmã Lúcia no final dos anos 30 e ele instruiu o Bispo Pavol Hnilica, um Bispo eslovaco que fora ordenado secretamente enquanto padre na Checoslováquia comunista, para enviar todos os documentos da Igreja sobre os eventos de Fátima para sua revisão. O Papa também despachou a Irmã Maria Ludovica para Fátima para se encontrar com o Bispo emérito João Venâncio. O propósito deste encontro nunca foi revelado. Foi enquanto ele estava neste estado de espírito no Policlinico que diz-se que o Papa João Paulo II testemunhou o inexplicável fenômeno do sol visto originalmente em Fátima sessenta e cinco anos antes. Ainda mais, conta-se que ele recebeu uma visão do futuro relacionada ao terceiro segredo de Fátima ao mesmo tempo que o fenômeno do sol acontecia. Quais eram os conteúdos da sua visão? Somente o Papa João Paulo II sabe. De qualquer modo, o Bispo Hnilica relatou na época da saída do Papa do Policlinico, que o Papa lhe disse: “Eu cheguei à compreensão de que o único modo de salvar o mundo da guerra, de salvá-lo do ateísmo, é a conversão da Rússia de acordo com a mensagem de Fátima.” É razoável suspeitar que, desde a época desta visão, ele tem agido de acordo com o que ele acredita que sejam os desejos Celestes. João Paulo II dedicou seu papado a Maria, a Mãe de Jesus. Seu lema pessoal, Totus Tuus (Todo Teu), é um termo que ilustra a consagração de sua vida à Bem-aventurada Virgem, uma consagração que aconteceu enquanto ele era ainda um Bispo polonês. A tentativa de assassinato e a visão que se seguiu serviram para reafirmar o papel único de Maria para este Papa. Ele chamou a tentativa de assassinato de uma “misteriosa coincidência com o aniversário da primeira aparição em Fátima” em um pronunciamento que ele deu como um peregrino em Fátima em 13 de maio de 1982. Durante esta peregrinação, o Papa João Paulo II também conduziu um serviço em que ele consagrou o mundo e, indiretamente, a Rússia, ao Imaculado Coração de Maria. Suas ações desde a sua recuperação parecem confirmar que ele está agindo segundo um cronograma estabelecido pelo Céu; ele age como se o que ele faz e quão bem-sucedido isso será dependesse da conformidade à seqüência de eventos estabelecida pelo Senhor da história e fornecida a ele por Nossa Senhora de Fátima. Uma confirmação parcial disto é baseada na consagração da Rússia e do Mundo ao Imaculado Coração de Maria que o Papa João Paulo II executou em 25 de março de 1984. Este ato foi uma tentativa de cumprir a solicitação de Maria à Irmã Lúcia, primeiro em 1917 em Fátima, e novamente em Pontevedra, Espanha, em 10 de dezembro de 1929. Em Pontevedra, a Irmã Lúcia foi novamente visitada pela Bem-aventurada Virgem. Durante esta aparição, Nossa Senhora lhe disse que Deus desejava que “o Papa, junto com todos os bispos do mundo, faça a consagração da Rússia ao seu Coração Imaculado.” Em uma aparição anterior em Tuy, na Espanha, em 10 de dezembro de 1925, a Bem-aventurada Virgem disse à Irmã Lúcia:

“Olhe, minha filha, para o meu Coração rodeado por estes espinhos com os quais os homens o transpassam a cada momento por suas blasfêmias e ingratidão. Você, pelo menos, esforce-se para me consolar, e assim eu proclamo: Eu prometo assistir na hora da morte com a graça necessária para a salvação a todos aqueles que, com a intenção de fazerem reparação a mim, no primeiro sábado de cinco meses consecutivos, confessarem-se, receberem a Sagrada Comunhão,rezarem cinco dezenas do rosário, e me fizerem companhia por quinze minutos enquanto meditam nos quinze mistérios do rosário.”

A declaração da Mãe de Deus de que ela pode assegurar que suficientes graças estejam disponíveis para qualquer um que fizer reparação ao seu Imaculado Coração combinada com a sua promessa de que a dedicação da Rússia ao seu Coração Imaculado levaria à conversão da Rússia coloca Maria justamente no coração do mundo em que nós agora nos encontramos. Nossas respostas às suas solicitações irão determinar o curso da história não em algum futuro muito distante, mas exatamente agora na última metade da última década do segundo milênio após o nascimento de seu Filho. É surpreendente então, que à luz disto, tenha havido um dramático declínio em todas as formas de devoção a Maria durante os últimos trinta anos justamente em uma época em que o mundo desesperadamente precisa dessa devoção. A dedicação do Papa João Paulo II à Bem-aventurada Virgem, revigorada pela visão que ele teve no Policlinico, pode representar um raio de esperança mitigando um período de tensão global próximo ao seu final.

Em Fátima, o Papa João Paulo II disse em 13 de maio: "a mensagem de Fátima é dirigida a cada ser humano e é mais relevante, e mais urgente" do que quando Nossa Senhora primeiro apareceu. A mensagem é um apelo angustiado de Nossa Mãe do Céu, que nos vê em grande perigo e que vem para oferecer Seu socorro e conselho. Sua mensagem é também uma profecia, uma clara indicação do que estava prestes a transpirar no século 20, e do que ainda vai acontecer infalivelmente no futuro próximo, dependendo de nossa resposta aos Seus pedidos.

 

Cabe a cada um de nós ouvir, ler, aprender e aplicar esta mensagem do Céu em nossas próprias vidas, particularmente rezando o Rosário diário. Na medida em que pudermos, nós também devemos fazer tudo que nós pudermos para que essa advertência final de Nossa Mãe do Céu seja espalhada e que sua importância seja explicada a todos antes que seja tarde demais. Nós não devemos ser complacentes quanto a esta promessa porque o Seu eventual triunfo ainda depende de nossa cooperação com a graça de Deus e com Seu plano esboçado em Fátima.