De certo modo, a Igreja nasceu com Cristo e cresceu na casa de Nazaré junto com Ele, já que, na sua realidade invisível e misteriosa, é o próprio Cristo misticamente desenvolvido e vivo entre nós. E Maria, pela sua maternidade divina, é Mãe de toda a Igreja desde os seus começos. Todos formamos um só Corpo, e Maria é Mãe desse Corpo Místico. E que mãe pode permitir que os seus filhos se separem e se afastem da casa paterna? A quem havemos de recorrer com mais confiança de sermos ouvidos do que a Santa Maria, Mãe?
Numa página belíssima, São Bernardo descreve-nos todas as criaturas em torno de Maria, invocando-a para que pronuncie na Anunciação o fiat, o faça-se que traria a salvação a todos. Céus e terra, pecadores e justos, presente, passado e futuro congregam-se em Nazaré em volta de Maria. Quando Nossa Senhora deu o seu consentimento, tornou-se realidade a sua Maternidade sobre Cristo e sobre a Igreja e, de certo modo, sobre toda a criação. O pecado tinha desfeito a unidade do gênero humano e destruído a ordem do Universo. Maria foi a criatura escolhida para tornar possível a Encarnação do Filho de Deus, e, com o seu consentimento, foi também a causa da recapitulação de todas as coisas em Cristo que seria levada a cabo por meio da Redenção.
Fonte: Carvajal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário