
Que amor! que caridade, a de Jesus Cristo, em ter escolhido a véspera do
dia em que ia ser morto para instituir um sacramento por meio do qual
permanecerá entre nós, como Pai, como Consolador, e como toda a nossa
felicidade! Mais felizes ainda do que aqueles que O conheceram na Sua vida
mortal pois, estando Ele num só lugar, tinham de se deslocar de longe para
terem a felicidade de O ver, nós encontramo-Lo em toda a parte, e essa
felicidade foi-nos prometida até ao fim do mundo. Ó imenso amor de Deus pelas Suas criaturas!
Não, nada pode detê-Lo, quando quer mostrar-nos
a grandeza do Seu amor. Neste momento de felicidade para nós, toda a Jerusalém
está a ferro e fogo, a populaça está enfurecida, todos conspiram para a Sua
perda, todos querem verter o Seu adorável sangue - e é precisamente nesse
momento que Ele prepara para eles, como para nós, a prova mais inefável do Seu
amor.
São João-Maria Vianney
(1786-1859); presbítero, Cura d'Ars
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